sábado, 7 de março de 2009

Série Biografia - II (Aluizio Machado)

Aluízio Machado (Alcides Aluízio Machado)

Nascimento: 13/4/1939 Campos, RJ

Compositor. Cantor.

Aos 14 anos começou a desfilar pela Império Serrano.

Desfilou também como passista e mestre-sala na Imperatriz Leopoldinense. Integrante da Ala de Compositores da Império Serrano, para a qual compôs alguns clássicos do samba-enredo.

Trabalhou como estofador.

Foi funcionário do Tribunal Marítimo, onde trabalhou como arquivista, antes porém, trabalhou na contabilidade.

Com o sucesso obtido como cantor e compositor do Império Serrano, passou a se apresentar em boates da Zona Sul do Rio de Janeiro, como Oba Oba, entre outras.

Na década de 1960, atuou ao lado de Nara Leão e João do Vale no show Opinião.

Participou do programa "A Grande Chance", de Flávio Cavalcanti. Por essa época, e graças ao programa, gravou seu primeiro LP: "Apesar dos pesares".

Em 1981, no LP "Na fonte", Beth Carvalho incluiu "Escasseia", música sua em parceria com Beto Sem Braço e Zé do Maranhão. Neste mesmo ano, Alcione interpretou "Minha filosofia".

O samba-enredo " Bum bum paticumbum prugurundum", de sua autoria em parceria com Beto Sem Braço, deu o primeiro lugar do Grupo 1A ao Império Serrano no carnaval de 1982. O próprio compositor declarou a Carlos Rego, Helena Theodoro e Lygia Santos, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro: "Esse termo foi usado pelo Ismael Silva para explicar a sonoridade da batucada. O Sérgio Cabral teve a sensibilidade de registrá-lo no livro "As Escolas de Samba" e a carnavalesca Rosa Magalhães ousou batizar o nome do enredo com ele. O nome original do samba era "Candelária, Praça XV e Marquês de 'Sapecaí' ". Não era um samba fácil, a onomatopéia era complicada e, ainda assim, fez o maior sucesso".

No ano de 1984, ao lado de Wilson Moreira, Nei Lopes, Cláudio Jorge e Sonia Ferreira, participou do projeto "Roda de Samba", no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Em 1986, Dominguinhos do Estácio, no disco "Bom ambiente", gravou "Dura prova" (c/ Beto Sem Braço e Serginho Meriti). Neste mesmo ano, Alcione no LP "Fruto e raiz", pela RCA, gravou outra composição sua, "Pique, rabo, emenda".

No ano de 1996, em parceria com Beto Pernada, Lula, Índio do Império e Arlindo Cruz, compôs o samba-enredo "E verás que um filho teu não foge à luta", com o qual a Império Serrano desfilou naquele ano e ganhou o prêmio "Estandarte de Ouro", do Jornal O Globo, na categoria "Melhor Samba-Enredo" e ainda classificou a escola em 6º lugar do Grupo Especial.

No ano de 2001, participou do projeto "Meninos do Rio", série de três shows que reuniu no palco do Centro Cultural Banco do Brasil 15 sambistas: Dauro do Salgueiro, Nei Lopes, Nelson Sargento, Baianinho, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz, Nílton Campolino, Jair do Cavaquinho, Monarco, Elton Medeiros, Luiz Grande, Jurandir da Mangueira e uma única mulher: Dona Ivone Lara. O projeto foi registrado em disco produzido por Paulinho Albuquerque e Cláudio Jorge, pela gravadora Carioca Discos, lançado neste mesmo ano. Neste disco interpretou de sua autoria "Minha filosofia". Ainda em 2001, gravou um depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

No ano 2002, a escola Império Serrano classificou-se em 9º lugar no Grupo Especial com um samba-enredo de sua autoria "Aclamação e coroação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna", em parceria com Carlos Senna, Elmo Caetano, Lula e Maurição. Neste mesmo ano, Marquinho Santanna (ex- Marquinhos Sathã) incluiu no disco "Nosso show" uma composição de sua autoria: "Mar de carinhos", em parceria com Arlindo Cruz.

No ano de 2003, foi um dos convidados de Guaracy 7 Cordas na Roda de Samba, no Clube Copa Leme, em bairro do Leme, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, em parceria com Maurição, Elmo Caetano, Carlos Senna e Arlindo Cruz, compôs o samba-enredo "E onde houver trevas... Que se faça a luz!" com o qual o Império Serrano desfilou no carnaval. Ainda em 2003, sua composição "Sambista de fato", interpretada por Débora Cruz (filha do compositor Acyr Marques e sobrinha de Arlindo Cruz), foi classificada em 6º lugar no "Festival Fábrica do Samba", com a final no Maracanazinho, no Rio de Janeiro.

Acumulou em sua carreira de compositor quatro prêmios "Estandarte de Ouro" na categoria de "Melhor Samba-Enredo".

Obra:
Aclamação e coraação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna (c/ Maurição, Lula, Carlos Senna e Elmo Caetano) • Artifício (c/ Arlindo Cruz) • Bum bum paticumbum prugurundum (c/ Beto Sem Braço) • Clara • Dura prova (c/ Beto Sem Braço e Serginho Meriti) • E verás que um filho teu não foge à luta (c/ Arlindo Cruz, Beto Pernada, Lula e Índio do Império) • Escasseia (c/ Beto Sem Braço e Zé do Maranhão) • Mão baiana (c/ Beto Sem Braço) • Mar de carinhos (c/ Arlindo Cruz) • Minha filosofia • Pique, rabo, emenda • Pisa como eu pisei • Sambista de fato • Velho deitado (c/ Arlindo Cruz)

Discografia:
• Apesar dos pesares [S/D] LP
• Meninos do Rio (c/ vários) (2001) Carioca Discos CD

Bibliografia:
• ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.
• ARAÚJO, Hiram. Carnaval - seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.
• SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem. A canção no tempo volume 2. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.

Fonte: http://www.dicionariompb.com.br/

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