terça-feira, 10 de março de 2009

Divulgação do show de Lene Moraes no Jornal O Diário


Cássio Peixoto
Lene Moraes não é campista de nascimento, ams adotou a cidade como sua terra natal e aqui vive há anos. Afilhada da Velha Guarda da Portela, Lene resgatou os sambistas de Campos e os levou para uma apresentação de gala nos arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Hoje, sob esses mesmos arcos, a nossa sambista de primeira, vai cantar e encantar os cariocas. Lene se apresenta hoje, às 22h e amanhã, também às 22h, no Rio Scenarium.

Na apresentação de hoje, e também de amanhã, a quase campista vai contar com a participação de uma campista legítima, mas que há anos está radicada na Cidade Maravilhosa, a cantora e atriz Zezé Mota. No repertório do show de hoje, Lene vai interpretar canções de sambistas consagrados como Clara Nunes, Paulinho da Viola e, como não poderia deixar de ser, também vai interpretar músicas de grandes nomes da Portela.

Moraes - Lene nasceu para os palcos. Aos 14 anos ingressou em grupo de teatro amador, descobriu sua veia artística e ao fazer aulas de canto, descobriu a paixão pela música. A carreira musical começou aos 17 anos em bares, festas e eventos até ser convidada pelo Instituto Bellevile, para representar os Jovens do Brasil, no Intercâmbio Cultural França Brasil.

Foi crooner, fez backing-vocal de Agepê e Dêma, participou de shows de Sérgio Sampaio, Luiz Melodia, Tunai e João Bosco.
Apenas em 1999, realizou sua primeira experiência fonográfica com o CD “Doce Mistério”. Lene então descobriu o samba, e por elese apoaixonou. Traçou sua carreira solo com composições de sambistas e amigos que lhe presentearam com suas obras como Paulinho Rezende, Almir Santana, Salvador Fernandes e Zé Keti.

Foi Lene que resgatou do limbo em que estavam cantores como Délcio Carvalho, Wilson Batista, Roberto Ribeiro, Aluísio Machado, Jurandir da Mangueira e o mestre Geraldo Gamboa. Foi a partir dessa experiêncioa que Lene gravou o CD “Meu Samba Mostra a Cara”, sob a direção musical e arranjos de Renato Arpoador que também lhe entrega algumas de suas composições.

O último CD foi lançado em 2008 e com a participação de compositores consagrados como Délcio Carvalho, velha guarda, escolas de samba de Campos e a impecável banda de sempre. O álbum intitulado: “Brasileira Comum” foi lançado em 2008 no Teatro Trianon. Acompanham Lene nas apresentações de hoje: Renato Arpoador, violão; Alvaro Barcelos, percussão; Henrique Garcia, cavaquinho; Carlinhos Castro, percussão; e Wallace Perez, percussão.

E Zezé? - A campista, sambista, cantora e atris Zezé Mota tem uma história que não caberia em uma página. A campista do distrito de Santa Cruz, Zezé Mota nasceu Maria José Mota em 27 de junho de 1944. Foi com a família para o Rio de Janeiro aos dois anos de idade. Lá, cresceu e encontrou o teatro. Estudou no Tablado, curso de teatro de Maria Clara Machado. A carreira de atriz começou em 1967, com a peça “Roda-viva”, de Chico Buarque. Atuou, também em “Fígaro, Fígaro”, “Arena conta Zumbi”, “A vida escrachada de Joana Martine e Baby Stompanato”, “Orfeu negro” e “Godspell”. A carreira de cantora veio logo depois, em 1971, apresentando-se como crooner em casas noturnas. Em 1975, gravou, com Gerson Conrad, o LP “Gerson Conrad e Zezé Motta”.

Ainda na década de 1970, lançou os LPs “Zezé Motta” (1978) e “Negritude” (1979). Na década de 1980, lançou os LPs “Dengo” (1980), “Frágil força” (1985), e, com Paulo Moura, Djalma Correia e Jorge Degas, “Quarteto negro” (1987). Em 1995, gravou o CD “Chave dos segredos”. Em 2000, lançou o CD “Divina saudade”, interpretando o repertório de Elizeth Cardoso, com arranjos e produção de Roberto Menescal e Flávio Mendes.

Um comentário:

  1. A Lene é um dos maiores talentos que tive a oportunidade de conhecer em Campos. Cheguei até a comprar um CD, que acabou sendo "abduzido" por outro fã.

    Abraços!

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